Conversando com o delírio

Ahhh, aquela música! A música de vocês.

Não consigo parar de ouvi-la, não consigo não pensar em cada toque dela e de imaginar!

Isso mesmo! Acredito que o divino quis me punir me dando tanta imaginação, pois é impossível não ver detalhadamente cada movimento que tiveram ao som deste som.

A cada refrão te vejo deitada com ela em seus braços, você levanta sua mão calmamente e toca em seu rosto, ela sorri, te beija.

Não! não sou obsessiva, não sou louca, não sou paranoica, não sou nada que pense de mim, apenas sou amante. Não me chame assim.

Essa música é nostálgica. Quando a ouço tenho a sensação de que vivi muito mais do que lembro. Sentimento que vivi fora de si e em você, que era eu deitada ali ouvindo os gritos desse velho amigo que canta para mim.

O bom de tudo é que percebo o quando mudo de humor quando converso, ouço e escrevo a teu respeito:

Você é a minha neurose, meu transtorno, meu conflito, meu desejo.

"Ainda preciso da sua influência, porque você sempre paga por ela.

E eu, e eu preciso da sua alma, porque você é sempre nobre.

E eu, e eu preciso do seu coração, porque você está sempre nos lugares certos".