Poema livre

POEMA SEM RIMA

Hoje a falsidade antecipa-me

Viver sem crer no amor.

Encontros e desencontros,

Ou confrontos contrastantes

Insólito na base de conquistas

Imaginárias.

A vida nos dias e nas noites

Desfecho universal.

Nas atitudes, as concepções

Da sinceridade no amor

Nenhuma razão para amar

Natureza, tão bela fêmea

De cem medidas, as mudanças

Sem ressentimentos

De amar sem amor.

Nas mãos da prostituta

As lâmpadas escurecem

O homem tem medo, se acovarda

Fala, brinca chora e lamenta

E morre na solidão de si mesmo.

Aprende-se vivendo

Que poesia é vida

Mas sua vida é rima

E só se torna poética quando morre.

Na minha língua um beijo sólido

Não há outra razão

Senão amar

O tempo passaria em mim

Sem despedida,

Sem me deixar despedir.

LuizPádua

Madrugada de 23 de Novembro de 2014