LÁ LONGE...
Lá longe…
Onde o choro da montanha se confunde com o pranto da hiena
Onde as aves planam na mais elementar liberdade
Onde o trovão nos traz à memória a ‘rosa’ de Hiroshima
Onde o nevoeiro não admite a perfuração de sebastianismos
Ergueste a mansão do isolamento a que te votaste
Sem que dês tréguas às vozes profundas que não ouves
E choras,,,,
Vertes lágrimas que escorrem pelas escarpas
Para se aninharem no leito do vale, teu fiel confidente
Onde já sinalizaste o pedaço que te levará à eternidade
Todavia, enquanto do sol colheres energia
Enquanto os teus braços abertos cortarem o vento
Enquanto a tua mente expressar o livre pensamento
E da alma fores dona e não submissa
Podes sempre aninhar-te no dorso da águia imperial
E voltar…
Voltar para cá do horizonte !...