LÁ LONGE...

Lá longe…

Onde o choro da montanha se confunde com o pranto da hiena

Onde as aves planam na mais elementar liberdade

Onde o trovão nos traz à memória a ‘rosa’ de Hiroshima

Onde o nevoeiro não admite a perfuração de sebastianismos

Ergueste a mansão do isolamento a que te votaste

Sem que dês tréguas às vozes profundas que não ouves

E choras,,,,

Vertes lágrimas que escorrem pelas escarpas

Para se aninharem no leito do vale, teu fiel confidente

Onde já sinalizaste o pedaço que te levará à eternidade

Todavia, enquanto do sol colheres energia

Enquanto os teus braços abertos cortarem o vento

Enquanto a tua mente expressar o livre pensamento

E da alma fores dona e não submissa

Podes sempre aninhar-te no dorso da águia imperial

E voltar…

Voltar para cá do horizonte !...

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 12/12/2014
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