pensamentos

Este é o meu sorriso, sai de mim verdadeiro, mesmo que eleve menos um dos lados do meu rosto ou envergue a sobrancelha. Não sou de meio aperto de mão, não sou de abraços sem calor, não sou de outras faces, nem coro na hora de dizer o que sinto. Só sei que este é o meu sorriso, sarcástico como o espelho de Afrodite, instigante como a caixinha de Pandora, mas verdadeiro como só eu mesmo sei ser.

O Direito é soberba! A lei é austera e quem a opera só vaidade! Dizer a verdade é luxúria! O exercício do Direito é egoísta e guloso e todo elogio vindo de quem faz uso deste é plena mentira.

Conheces a verdade e ela te fará um grande manipulador. Manipula a dor dos outros em favor dos teus próprios interesses.

Daí me perguntam: E você não vai atrás? Eu digo que não! Se me tiraram é porque não me merecia! A melhor coisa da vida é a sensação de dever cumprido. Este sentimento eu tenho, posso dormir à noite e pela manhã despertar com a certeza que sempre se é tempo de correr atrás de novos voos!

Gosto de corpos suados e bocas de cede. Na ponta da língua enxugo o corpo e no corpo sacio a cede. Suor e cede fazem meu palato enxergar o que com os olhos não sinto, não sei, não vejo.

Tenho corpo pesado e alma atormentada, nenhum espanto e várias de crises de quem sou! Uma paciência desequilibrada e muita manha de falta de colo... Em mim apenas dor de cotovelo e o vento para assanhar minhas pálpebras.

Nada sou senão a falta das vírgulas!

Tenho medo de mim e dos meus instintos porque a incerteza é leve e o pensamento devaneios; tenho medo das horas e dos instantes de espera.

O corpo molda o espaço. Ausência de corpo e mãos para abotoar os botões. O corpo no espaço longe do canto, mas formando um todo de desejo aos olhos minguados. O corpo é lobo do lobo do lombo de quem não come a imagem com medo do engasgo, mas gasto a saliva, salpico a vista e passo a língua entre os lábios. O corpo me propõe degusta e eu gosto de vê-lo ali preenchendo o meio da figura que avisto e faço e rogo em nome do que sinto e quero alcançar...

"Tenho medo de mim, da minha fome necessária de felicidade e dos meus instintos vorazes de ansiedade. Pertenço aos instantes e neles eu caibo sem sobra."