É longa a viagem da crise política que estamos passando. Penosa e surpreendente também. Nesta viagem não somos turistas curiosos e alheios. Somos passageiros compulsórios, proibidos de abandonar o veículo que nos transporta. Desde a Nova República quase todos que escalaram o poder, não primaram pela ética e pela administração pública. Dedicaram-se a cursos teatrais com especialização no uso de máscaras e na fina arte da demagogia, com doutoramento  na estratégia de mentir e propinar (novo verbo)... O povo está desnorteado e sem saber o que fazer.
Há quem se admire? Eu penso nos poderosos de Jerusalém que conseguiram fazer de Jesus um criminoso e de Barrabás um inocente e cada vez mais me convenço que a verdade é a força da liberdade e que nunca conseguiremos medir até onde a mentira pode chegar e até onde vai  a sua força.