Entre o aprendiz e o leitor

Uns dias atrás, senti vontade de ter uma maquina de escrever, daquelas antigas, que sempre vemos em filmes, por várias vezes me imaginei, rasgando o meu silêncio nos técs técs das teclas, escrevendo aquele romance ,que amanhã poderia estar em todas as lojas e livrarias do mundo, tenho essa vontade não sou um hipócrita para negar isto, sei que é um caminho longo, e quem nem todos conseguem, mas o básico eu tenho, vontade e algumas histórias na mente, posso não escrever muito bem, ademais, creio que o que eu sei já é o suficiente para compreender , pois minha história é Brasileira, e se passa em ruelas, entre gambiaras e arranha-céus, entre o rosto rosado e o marcado, de um povo simples, como eu e você que me lê.

Vai me dizer que, você nunca passou um perrengue na vida?, e que você nunca se sentiu miserável?, ou nunca teve vontade de virar uma mesa, cheia de papeis inúteis, em cima de um patrão arrivista?, ou talvez correr nu, em protestos de reintegração de posse?, ou simplesmente dormir feliz, por saber que amanhã ainda é domingo, e você ainda terá um dia todo de, sombra na calçada da rua?, se você nunca sentiu vontade de entender o mundo, ou destruí-lo?, então você nunca entenderá os meus textos, então não perca o seu tempo, pois vou gastar um dinheiro que não tenho, para comprar aquela maquina, eu não gostaria de escrever um monte de coisa, que as pessoas não entendem, estamos no século 21, e minha linguagem é universal, e não teatral, eu sou o povo, eu to no metrô, no ônibus, na internet, na rua, na sua casa e na sua vida, mas não quero que você me note, quero que você leia, o que eu escrevera sobre você , ele, ela, e eu, para nos entendermos melhor, e partilhar do aprendizado da vida, um com o outro, de uma forma peculiar entre o aprendiz e o leitor.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 21/01/2015
Reeditado em 21/01/2015
Código do texto: T5109222
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