tem,po

;como se o tempo pudesse ser contado sentado em um banco esperando os sentimentos desprenderem dos lábios e dos olhos. Sentado e contando ao tempo que o tempo passou e não viu, contando para o tempo os sentimentos que jamais se desprenderão nem dos lábios nem dos olhos. Basta sentar-se a esquerda do tempo, a direita de si mesma e perceber, que o tempo não sabe o que faz. O tempo a vê, e a aquece e a ignora e a usa e a esquece. O tempo não vai fazê-la a virgem mais feliz, o tempo não irá dispor de seu tempo para vê-la. O tempo vai fazê-la sofrer, e lembrar dos lábios, dos olhos. O tempo não vai fazê-la esquecer por pura diversão.

Será senhora de seus próprios atos, quando aprender que o tempo estará sempre lhe lembrando que ele mesmo nunca a deixará, ele mesmo nunca a desejará. Estará lá, para simplesmente vê-la cair.Cair? Ele a fará ver, que jamais, jamais ela o perderá, jamais ela o controlará. O tempo quer vê-la sorrir, sofrendo pelo que ele poderia colabora. O tempo é aliado somente de si próprio, e faz, a faz lembrar e o faz querer esquecer. E a faz nunca mais querer acordar para não ver o tempo, passar por entre suas pernas, dedos e olhares.