## MERGULHO ##

Sentir a segurança...

Esta, do mergulho,

Do alívio da água, da soltura do corpo,

Ondas frias, carícias das quentes correntes,

Oxigenando emoções

Afagando o corpo

Alimentando a alma...

Submersa em mim,

Até que o tempo se vá,

Caçar fantasmas, destruir janelas,

Gargalhar da hipocrisia,

Nadar num habitat sem tempo...

Acanhar falsos pensamentos,

Aliviar todos os pesos,

Achar-se livre,

Seguir à toa, sem caminhos ,

Sem esquinas,

Encontrar surpresas que não se defina,

Lavar a vida com maresia,

Voltar à tona sem medo,

Sem pressas nem segredos,

Não ver ninguém na praia...

Toda a imensidão guardada,

Sem ponteiros, noites ou dias,

Apenas uma história

Recém lavada de melancolia...

Sorrir assim da insignificância do corpo

Sob a imensidão que engole todos os sóis

E da ilusão dos dias,

Que ávidos guardamos, em vão

Sob nossos lençóis

(Taciana Valença)

TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 05/02/2015
Código do texto: T5126166
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