Hómenage à trois

Inspirado em: O observador à janela

do Poeta, Naddo Ferreira.

!Hómenage à trois!

Na madrugada suada !Porreta!, e aquecida, o véu da noite escurece e estabelece-se, nua. Quero um canto para nós dois, único e verdadeiro canto.

Quero para nós três, hómenage à trois!, metade-inteiros. O universo azul-tinteiro. A Flor da Pena, suando em bicas. E as raparigas? Rodando bolsinha, "peso suado"!... Observando da janela, o pôr-do-sol, que ainda está por vir, feito névoa em neblina, acorda-me, ressuscita-me.

Salto da cama, feito saltimbancos e rameira de todos os sistemas constelares nos circos dos horrores, que é a Vida.

Sou arisco e sou amor, sou Prece e Condor, Romaria e Procissão! Sou altar-alto-ego, sem ser e sendo.

A própria imagem da Virgem, encobrem meus olhos de lágrimas. Sinto-me na Capela Sistina, feitiço e feiticeiro, misturado as figuras de Michellangelo. Sou tantos anjos e apenas um adormecido demônio. Trancado à sete chaves, em gaveta.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 07/02/2015
Reeditado em 08/02/2015
Código do texto: T5129277
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