QUERO APRENDER...
Quero aprender a não confundir a seiva
Com a ternura que dos teus lábios brota
Da árvore sai um sabor a cola que não volta
Da tua boca uma saudade eterna que não eiva
Quero aprender a ver claro na escuridão
Sentindo-te no caminho em recta inversa
O meu corpo fica inerte e a alma submersa
Num mar sereno de azul e vastidão
Quero aprender a não fugir do teu caminho
Ter na mesa coentros do teu quintal e um bom vinho
Para contigo comemorar a morte das tormentas
Que para trás fiquem os tempos de apatia
E o futuro guarde para si a magnitude da fatia
Quero aprender tudo o que em cimentas