A janela de Samuel

Samuel chegou cabisbaixo em casa, se sentia só, a pesar de todas as facilidades tecnológicas, do mundo moderno, os whatssaps da vida, facebook e amigos de plástico que eles trazem o mundo era uma eterna solidão. Chovia levemente lá fora então ele resolveu ir dormir, mas ao acordar já no fim da tarde.

Ao abrir a janela Samuel, viu um céu nublado e cinza, ele se sentiu sozinho, mais ao olhar pela janela viu um balé de formigas de asa, e libélulas que compunham a dança orquestrada pelos bem-te-vis, rolinhas e andorinhas que se equilibravam nos varais molhados, e antenas, ele parou um pouco e viu que de certa forma nunca está sozinho, a vida esta por toda parte, seja a olho nu ou de forma impossível para se ver, em todo lugar, assim como a luta pela sobrevivência, Samuel, nunca mais se sentiu só nem depois de morto, porque os vermes lhe fariam companhia.

Por que o mundo lá fora está sendo trocado, pelo plástico de dentro e pelas frases mortas dos computadores, celulares e tablets. Os bichos de verdade pelos Paul, e gatos de pixas, a algo de errado pensou Samuel, ele era sozinho, mas todo mundo era, e no final quando se morre sozinho que e um fato os vermes lhe fazem companhia.