Em geral

Em geral a fé mística, cega, em algum ser transcendente, não muda para melhor a realidade sofrida de muitos e muitos, mas tende a impedir muitas perguntas, a restringir muitas respostas, a dirigir muitas interpretações da verdade, a omitir muitos fatos que não interessam, a tolher o livre pensar, a distorcer a realidade, e a catequizar acima de ensinar a livre pensar, a estudar o real, a racionalizar, a pesquisar, a observar e dar o real valor à natureza como um todo, e em especial ao animal humano que vive o aqui, o lá e o acolá, entre os nossos ou entre os deles, e o agora. Eu sei, este é um problema, não somente da fé mística, mas da fé cega em todo e qualquer ramo do viver, religioso, materialista, ou filosófico, porem na fé cega religiosa, ela se reveste de uma falsa áurea de dona maior da moral e do amor, por isso ela possui um poder maior de convencimento aos mais ingênuos e puros. A morte é nossa vizinha mais próxima, e muitos morrerão em abandono, sofrimento e desespero, uns por culpa própria, e muitos e muitos outros por culpa da maioria de nós. O instinto ou sentimento de religiosidade é um fato para muitos de nós, deve ter inclusive raízes evolutivas, mas porque cargas d’agua devemos aliá-lo a alguma religião, a religiosidade sincera e natural deve estar profundamente compromissada e enraizada com o aqui e o agora, com o bem estar social e natural, e não com algo prometido que pode nunca vir a ser, ou mesmo que pode ser impossível de acontecer. 
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 25/02/2015
Reeditado em 25/02/2015
Código do texto: T5149880
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