Efêmero
O fim no começo do início do efêmero
No clímax da gravidade
Meu pulso esquerdo foi arrebentado
Meu verbo rasgado
Não existe mais ego
Existe o tédio do nada
E o latido daquele cão que olha o mar e vai sem medo
Pra onde?
Nem ele sabe, só senti e vai
Patas que tocam a sola do mar
Ate que o vento faz correr o horizonte
E ao longe ele vive
Atração Perpétua do instante efêmero
O ser é no vento.