Nós

Era como se o nó na garganta quisesse se expandir e fazer o balaio inteiro. Queria talvez se alimentar de tudo que não era dito, mas gritava, gritava, tão alto que não havia voz para isso. O nó, então, tomaria cabeça, pernas, pés, cotovelos... Em silêncio, para que assim, numa madrugada também silenciosa, o barulho fosse ensurdecedor.