Às Medidas Provisórias

Eu não vejo fundamento para dizerem por ai que o Brasil mudou, avançou, é verdade que teve mudanças significativas em outros campos, porém em termos trabalhistas e sobre as principais demandas dos trabalhadores nada mudou, vivemos num país que não tem reforma trabalhista, avanços nos direitos trabalhistas, reforma benéfica nunca.

veja só, a jornada de trabalho para maior massa trabalhadora continua a mesma 44 (Quarenta e quatro) horas semanais, a péssima qualidade e condições dos postos de trabalhos que causam a alta rotatividade destes postos continua a mesma, o fator previdenciário o mesmo; a mobilidade urbana não existe mais, o povo não consegue sair para o trabalho e chegar em casa com o mínimo de conforto ; o desemprego aumenta a cada dia a saúde de qualidade que não temos. E nós, brasileiros pagando o financiamento da corrupção.

E o que vemos agora com as medidas provisórias do governo?

Brasileiros obrigados a aceitar os desmandos do patronado, trabalhando na linha que separa dos abusos trabalhistas, pagar a conta da corrupção e ter seus direitos trabalhistas invertidos e reduzidos, pois os governos não aguentam mais carregar o peso e o custo da falta de competência para trazer o progresso no campo trabalhista, a desejada modernização trabalhista para os brasileiros.

O que os trabalhadores terão de aguentar para segurar seus empregos que não são efetivos e não tem estabilidade, isso é democrático?

1 – 6 (Seis Mês) trabalhados para receber o abono salarial, lembrando que muitos empregadores dispensam o funcionário antes disso, pois o contrato de experiência vence antes, perde quem fica desempregado involuntariamente por mais tempo.

2 - 1 e 8 (um ano e oito Meses) para o primeiro pedido de seguro desemprego, lembrando novamente que muitos empregadores dispensam o funcionário antes disso.

3 – Pensão por morte, metade do que recebia o falecido, resultando em queda da qualidade de vida com uma aposentadoria que por sinal já é péssima no país, lembrando novamente do fator previdenciário.

4 – Auxílio defeso, não vou falar pois não estudei o caso, mas mudança boa não é.

5 - Auxílio doença, como se todo mundo precisasse, antes 15 (Quinze) dias após o afastamento, agora 30 (Trinta) dias, sobrou para o patrão; quem paga a conta? Nós sabemos.

Contudo, se os trabalhadores tivessem boas condições de trabalho inclusive para sair de casa e chegar nela depois de um dia inteiro de trabalho num ônibus lotado e engarrafamentos que só permitem chegar em casa muito tarde seguindo uma rotina de uma semana inteira, meses e anos de trabalho e muitos sem férias a quase dois anos, pois é esse e o limite para o patrão dar férias quando ele quiser, o povo não adoecia tanto, não aposentariam tanto e não morreriam tanto gerando pensões vitalícias para suas esposas e dependentes.