O fazedor de velhos

Ele chega lentamente e se move em meio às horas que passam

Observa os atos e com ele cria memórias.

Salva e alivia na esperança de dias sempre melhores.

E dorme o sono satisfeito nos braços dos que são alheios à sua presença.

Ele escava montanhas, elimina florestas, move os mares.

Torna os olhos cansados, mas o sorriso franco na sabedoria.

Tira beleza e rouba juventude.

Arranca a força e limita os movimentos.

Vem sempre para ficar, sem pedir licença, sem anunciar que está se instalando.

Cria novos conceitos, mata velhas falas e medos.

Rompe com juramentos, deixa mais leve a culpa

E esquece as falas e as promessas feitas.

Ele, o fazedor de velhos e sábios

De felicidade tardia ou de arrependimento sem volta.

Aquele que ronda todos os lares, invade todas as mentes

E descansa silencioso na eternidade.

Ele.

O Tempo.

Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 15/04/2015
Reeditado em 17/04/2015
Código do texto: T5207853
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