Avistando a dor do próximo

O fragilizado não é visto, pois já é visto como derrotado e sua morte é uma questão de tempo. Não acolhemos, porém condenamos, descartamos e esquecemos, já que, as feridas e roupas fedidas e sujas não são nossas. É fácil dizer: "o problema não é meu!". Infelizmente tem que ter alguém mais miserável que nós para nos sentirmos melhores que eles, mais elevados de falso ego ou justificativa e vencedores, contudo, no fundo escondemos nossas misérias com fantasias e mentiras criadas por nós mesmos como analgésico moral. O amor deixou de ter raízes, mas vive na superficialidade dos discursos prontos, das canções de verões que ouvimos e nos poemas esquecidos nas escrivanias da vida. Somos mortos vivos! Também somos objetos dos interesses dos outros e das ilusões de nós mesmos. Vivemos uma pobreza valores éticos!

Como podemos amar os outros se não amamos a nós mesmos? Como podemos ser felizes se desejamos a infelicidade dos outros? Como se deseja ser reconhecido se não reconhecemos os outros?

- Não há vida sem amor, perdão, compaixão e alegria.

Jesus ressuscitou através do amor e subiu aos céus graças aos seus ensinamentos. Ninguém nunca será lembrado pelos bens materiais, mas se eterniza através da dignidade, pulso firme e atos justos e, até mesmo gritando e brigando com a força do coração puro. Na verdade, perder com convicção e honestidade, é ganhar o que o homem não pode pagar, pegar e corromper. Há horas que ganhar é perder e perder é ganhar, pois quem arrisca e desafia o mundo com amor, mesmo perdendo entre os homens, nunca sairá derrotado, mas, no fim, sairá vitorioso porque o impossível é realizado.