COISAS DO OLHAR
REPUBLICAÇÃO - ESCRITA DE AGOSTO DE 2011
Surpreendo em foto minha, de menina, um olhar perdido na distância, talvez a ver pessoas e paisagens das quais ela, minha menina, jamais me contou nada.
Aquela menina via longe, enxergava as coisas invisíveis. Hoje, olho de muito perto as coisas visíveis e não enxergo nada, ou melhor, daria tudo para não ser capaz de enxergá-las no que vêm, já há muito tempo, mostrando-se ao olhar.
Pudesse estar, um pouco que fosse, à distância das coisas visíveis, quem sabe conseguisse vê-las com alguma nitidez.
Texto de 31 de agosto de 2011.
Aquela menina via longe, enxergava as coisas invisíveis. Hoje, olho de muito perto as coisas visíveis e não enxergo nada, ou melhor, daria tudo para não ser capaz de enxergá-las no que vêm, já há muito tempo, mostrando-se ao olhar.
Pudesse estar, um pouco que fosse, à distância das coisas visíveis, quem sabe conseguisse vê-las com alguma nitidez.
Texto de 31 de agosto de 2011.