O erro sem véu

O dia que acordei para vida foi mais ou menos assim, após perceber que estava pisando em espinhos pontiagudos, comecei a sentir as feridas se abrirem bem devagar, logo me perguntei, será que essa é a vida que quero seguir? Na hora deu um branco, pois se desprender do erro é difícil.

Bem devagar fui compadecendo com a vereda do alinhamento, arrancando da minha carne cada excremento que fazia meu corpo exalar cheiro ruim. Não se trata de catinga, ou mau cheiro, trata-se da sã conformidade da carne perante o erro.

Como é complicado seguir sem tropeçar, como é sofrido colher sem semear, esses exemplos traduzem a minha caminhada, na medida em que segui, mesmo tropeçando poderia ter me esquivado para alinhar meu caminho sem horrores, nem tremores, mas quem disse que o correto é fácil?

Será! Será! Será que podemos cultivar a bonança, sem catalogar na estrada contaminada de erros vividos e sofridos? Essas indagações ferem o estimulo de alguns ou só meu? As interrogações da vida fazem com a própria carne demasie ao relento, como uma manta salgada de cordeiro a espera de um dono para assá-la na brasa.

Espero não sapecar meu corpo na quentura do carvão, mas sei que o calor poderá me deixar impaciente. Prospero a sentir o que poucos vêem, para só então dilatar minha pupila na busca da visão limpa, direta, sentindo no ar o sabor da verdade.

Fomentar o erro diante do tubérculo da política é como parecer um santo, perante o congresso de saqueadores, aonde esperam um devaneio do dono para subtrair seus pertences. Posso calcular o peso das palavras sem uma balança de precisão, pois a sujeira no país ta maior que os lixões espalhados pelo Brasil.

Sei que sou um pobre que espirra quando dá uma chuva forte, ou me apego no leite chamado colosso extraído de minha querida mãe. No entanto confecciono as palavras conforme minha audição capta ou minha visão alcança.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 11/06/2007
Código do texto: T522598
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