Reciprocidade

Deixa eu falar de mim um pouco? Talvez fosse uma hora para falar em “nós” e tudo o que passamos junto, mas não é egoísmo e espero conseguir te fazer entender ao final de tudo.

A vida já foi muito dura comigo. Não quero comparar com outras pessoas porque acredito que sempre existirá um problema maior, uma tristeza maior. Mas não se comparam assim os sentimentos. Cada um sabe o tamanho da dor que pode carregar e o quanto aguenta apanhar. E eu já apanhei muito.

Antes, meu coração vivia numa angústia entre achar que tinha encontrado um porto e vivenciar verdadeiramente o que acontecia. É difícil superar uma decepção atrás da outra. Você precisa se convencer de que, não, o Mundo não pode ser resumido ao que se passou. Existem tantos exemplos que deram certo por aí.

Sim, existem. Mas, para mim, era tudo fruto de contos de fadas ou de jogadas de sorte que o Destino ou qualquer acaso colocou na vida daquelas pessoas. Cheguei ao extremo de pensar que isso não era pra mim. E foi, aí, no meio de uma infinita tristeza – não por não ter alguém, mas por não acreditar mais nesse sentimento tão bonito – me aconteceu você.

Assim, sem dizer nada, sem prometer nada, sem cobrar nada, me mostrou a verdadeira delícia de ser amado. E não é que seja perfeito, mas é verdadeiro. Eu entendi que, quando há reciprocidade, se quer fazer tudo por aquela pessoa, mas ela já se contenta se você colocar um sorriso no rosto dela.

E hoje eu sei o valor de tudo isso.

Do Amor, de nós dois, dos nossos sorrisos.

Manuela Papale
Enviado por Manuela Papale em 04/05/2015
Código do texto: T5229840
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