## A PRAÇA ##

A PRAÇA

Andei por ali,

Assim, sem pressa...

Observei um bocadinho de mim,

Que por ali ficou,

Andando ainda trôpega;

Segura nas mãos dos meus pais...

Algumas valentes cigarras pude ainda escutar,

Um tantinho de vitórias-régias

Ainda fazem jus ao nome –

Nos bancos, figuras isoladas,

Ou tentando isolamentos,

Ao redor de tudo isso as buzinas –

Desafiando seres antipáticos,

Naturebas deslocados,

Poetas sem casas nem nomes,

Codinomes d’algumas coisas bem longe,

Como o infinito onde habitam,

Onde morrem e ressuscitam em si mesmos,

Na magia de se tornarem invisíveis

Aos olhos dos que os acham risíveis,

Pseudo-intelectuais que pensam de tudo saber

Ignorantes de marmita,

De falsos saberes,

Nem mesmo cabem em meu mundo

Que sendo bem maior

Cabe magicamente nessa praça.

Só de pirraça!

(Taciana Valença)

TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 05/05/2015
Código do texto: T5231618
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