Ente

Da semente

Faz-se demente

Aquele que mente

Eu minto, e então

Já sinto, o quão

Vivo faminto, pelo chão

Rolo, rolo, rolo

Rolo sem parar

Rolo, rolo, rolo

Rolo a me enganar.

Eu minto, e então

Já sinto, o quão

Vivo faminto, pelo chão

Faço de minha mente

Algo que infelizmente

Age desumanamente

Eu minto, e então

Já sinto, o quão

Vivo faminto, pelo chão

Choro, choro, choro

Choro sem parar

Choro, choro, choro

Choro a me enganar

Eu minto, e então

Já sinto, o quão

Vivo faminto, pelo chão

Como o sol se faz poente

A mentira me faz doente

E eu finjo ser gente

Sendo um ente que mente

Que infelizmente

Vive do humano ausente.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 06/05/2015
Código do texto: T5232194
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