“É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” (1)

É inconcebível, que o cidadão não possa se indignar e expor o que pensa, sendo o brigado a aceitar o que “vem de cima”, como se isto fosse a verdade plena e a forma correta de agir.

É de se admirar que existam pessoas, que apesar de agirem de forma ridícula, mostrando com clareza como não se deve ser em matéria de educação, ainda tem o desplante de dar “lição de moral”, como se a própria não se enquadrasse no discurso. Talvez seja esta a “postura acadêmica” que nos é imposta pelo sistema. (faça o que eu digo, não faça o que eu faço – hipocrisia -).

Diante dos fatos nos restam duas opções: ou procura-se outra instituição ou se “adequa” às regras da qual está inserido, sem em nada questionar para não ferir o decoro da “postura acadêmica”.

Assim sendo, vivendo em um país como o Brasil, em que a Educação não é valorizada, em que o sistema alienante busca ao máximo privar a sociedade de um ensino superior crítico e de qualidade, resta acatar o lema de Fernando Pessoa “tudo vale a pena se a alma não é pequena”, uma vez que muitos mestres se adequam ao que governo almeja, apoiando-se em reivindicações de melhores salários e condições de trabalho, sem para isto nada dá nada em troca.

Partindo do pressuposto que não se dá (e nunca se deu) um ensino de qualidade, como se justifica reivindicar, sem ser bom para isto? Só pode reivindicar melhores salários e condições de ensino aqueles mestres que mesmo nas péssimas condições vigentes se esforçam, dando o máximo de si, justificando o seu protesto, porém, o que se vê – com exceções é claro! – são péssimos profissionais, que se apóiam nas reivindicações para justificar a sua incompetência, descaracterizando o protesto dos bons profissionais.

É salutar lembrar que a problemática remonta ao âmbito da Universidade, sendo assim, é preciso ter consciência que na mesma, encontra-se um universo de seres: bons e péssimos!

Resta-nos aprender o que de valoroso os bons nos ensinam, e agir de forma totalmente contrária ao exemplo dos péssimos profissionais, para no futuro mudar a realidade que se instaura no presente.

L.M.J.

Itapetinga-Ba,2001

Nota

(1) - Título II, Cap. I, Art.5, alínea V da Constituição Federal do Brasil/1988.

Leandro Martins de Jesus
Enviado por Leandro Martins de Jesus em 12/06/2007
Reeditado em 12/06/2007
Código do texto: T524140
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