Na quietude das paredes
Subo e desço escadas
desvaneço em tuneis de ecos
recolho frases e palavras
na quietude das paredes
onde escrevo reticencias suspensas
risco e rabisco as arestas do universo
tentando tocar o incenso de mirra
que coagula no sangue das minhas mãos
deixando cair meus versos sujos de mim
no chão espelhado de pétalas
delineando o sentido desse aroma perfumado
da inconstância do tempo
nesse meu calendário sem virgulas
sem circunflexos...