Quando reflito sobre a redução da maioridade penal, fico apreensivo.
Talvez os meninos que já observaram dezesseis primaveras passem a enfrentar a Justiça como se fossem adultos, contudo algumas pessoas sugerem uma redução mais eficiente. Nesse caso, crianças somando catorze anos também seriam punidas sem qualquer brandura.
Provavelmente alguém temerá os garotos com somente doze estações, outros apontarão os perigosos bandidos os quais completaram dez anos.
Chegaremos até o ventre materno?
Citarão exemplos de crianças perversas, que causam enorme repulsa e geram uma justa revolta, mas esse triste quadro ressalta exatamente o fracasso, a ruína, a destruição de quem?
Cadê os adultos? Cadê os pais?
Meus pais criaram cinco filhos que, durante a fase infantil, quase não conheciam a rua. Curtíamos nossas mil brincadeiras "trancados".
Várias meninas ignoram a criação que desfrutamos.
Não sei se eles agiram bem, porém confesso que foi muito legal. Hoje, admitindo os eventuais exageros, percebo o tamanho da dedicação e preciosa presença dos dois.
Os marginais que somam tão poucos anos possuem ou não pais? Eles não foram aremessados por cegonhas más, portanto a família tombou e a sociedade desceu até o fundo do poço.
Colocar filhos no mundo com total irresponsabilidade, criar meninos e meninas bastante soltos, nunca os pais estando presentes, dando apoio nenhum, jamais oferecendo uma palavra carinhosa ou os necessários conselhos, permitindo que o mundo ensine, facilitando outras pessoas assumirem a direção, revela o terrível crime da omissão.
A responsabilidade começa na hora de transar.
Se não vai poder criar, por que se tornar pai ou mãe?
O tema é polêmico, não sei a solução, mas fico triste demais, inquieto, me sinto mal escutando os argumentos favoráveis à redução penal.
* Talvez o poeta ainda espere ver crianças que brincam, correm, sorriem, dançando num mundo mais bonito, repleto de cores, no qual os garotos dizem “senhora” e “senhor” quando conversam com os pais.
Após as brincadeiras, nesse mundo tão bobo que imagino, eles, antes de dormir, costumam realizar um importante pedido.
_ Bênção, pai! Bênção, mãe!
_ Deus te abençoe, meu filho!
_ Deus te abençoe, minha filha!
Um abraço!
Talvez os meninos que já observaram dezesseis primaveras passem a enfrentar a Justiça como se fossem adultos, contudo algumas pessoas sugerem uma redução mais eficiente. Nesse caso, crianças somando catorze anos também seriam punidas sem qualquer brandura.
Provavelmente alguém temerá os garotos com somente doze estações, outros apontarão os perigosos bandidos os quais completaram dez anos.
Chegaremos até o ventre materno?
Citarão exemplos de crianças perversas, que causam enorme repulsa e geram uma justa revolta, mas esse triste quadro ressalta exatamente o fracasso, a ruína, a destruição de quem?
Cadê os adultos? Cadê os pais?
Meus pais criaram cinco filhos que, durante a fase infantil, quase não conheciam a rua. Curtíamos nossas mil brincadeiras "trancados".
Várias meninas ignoram a criação que desfrutamos.
Não sei se eles agiram bem, porém confesso que foi muito legal. Hoje, admitindo os eventuais exageros, percebo o tamanho da dedicação e preciosa presença dos dois.
Os marginais que somam tão poucos anos possuem ou não pais? Eles não foram aremessados por cegonhas más, portanto a família tombou e a sociedade desceu até o fundo do poço.
Colocar filhos no mundo com total irresponsabilidade, criar meninos e meninas bastante soltos, nunca os pais estando presentes, dando apoio nenhum, jamais oferecendo uma palavra carinhosa ou os necessários conselhos, permitindo que o mundo ensine, facilitando outras pessoas assumirem a direção, revela o terrível crime da omissão.
A responsabilidade começa na hora de transar.
Se não vai poder criar, por que se tornar pai ou mãe?
O tema é polêmico, não sei a solução, mas fico triste demais, inquieto, me sinto mal escutando os argumentos favoráveis à redução penal.
* Talvez o poeta ainda espere ver crianças que brincam, correm, sorriem, dançando num mundo mais bonito, repleto de cores, no qual os garotos dizem “senhora” e “senhor” quando conversam com os pais.
Após as brincadeiras, nesse mundo tão bobo que imagino, eles, antes de dormir, costumam realizar um importante pedido.
_ Bênção, pai! Bênção, mãe!
_ Deus te abençoe, meu filho!
_ Deus te abençoe, minha filha!
Um abraço!