Relógio pela janela
Ah, e o tempo não passava!
Eu desejava que ele fosse um falcão-peregrino, fechasse as asas e mergulhasse no ar, parando num breve momento de calmaria...
Num único instante de alegria, que fosse, afinal essa é a única forma de nos sentirmos infinitos.
Vivos, mesmo que afogados por essa vida que no fim é o nosso mar...
Mas ele parecia só um pássaro novo, longe do ninho e que ainda não sabia voar.