Memória curta mata.

O amor é um sentimento curioso. Passamos boa parte de nosso tempo buscando essa coisa que todo mundo diz ser maravilhosa. Daí a gente encontra uma vez, experimenta, come e se lambuza. Resultado? Intoxicação!

Bem. Quem sabe uma próxima vez, aproveitamos a curta memória do coração. Agora vai! Certeza que esse é o grande amor da minha vida. Depois de algumas mordidas, algo estranho se revela. No meio da empada o que parecia azeitona é uma bola de gude. Engasga, tosse, sua, chora...quase morre!

Putz. Vou ficar é sozinha, claro! como não pensei nisso antes!!!

Hum-hum. Pronto, agora sim. As horas vão passando, e aquele deleite todo começa a te enojar...daí você descobre que também intoxica,e que você talvez já tenha sido o vidro moído na empada de alguém.

Então resolve que não mais se importará com esse tal de amor, pois devem ter mentido a respeito disso, tudo não passa de um grande trote.

E daí, valendo-se novamente da curta memória do burro coraçãozinho, lá vamos nós esticando os olhos para todo canto novamente a buscar uma refeição saudável, um amor suportável, alguém que não lhe trate como descartável.

Um dia ainda morreremos disso!