Não me basto ...

Desde a nossa concepção a divindade nos dar lições de que não somos autossuficientes, lições estas com muito amor, de que "sim" precisamos uns dos outros, de que nossos sentimentos e nossa existência pode completar a felicidade de outrem e vice versa.

Vivemos durante nove meses conectados "in door" em um outro ser que por amor , compartilha alimentos, sentimentos e já a partir deste momento cria-se um vínculo de vida eterno.

Após , experimentamos a infancia e a adolescência , nelas passamos pela experiência de viver com liberdade assistida , experimentamos a liberdade de vivermos fora do confinamento todavia cientes e até mesmo intransigentes , que dependemos dos outros para todas as nossas necessidades vitais nesta nossa recente existência .

Vamos prosseguindo neste" grow up" divino , e já adultos ganhamos o mundo onde muitos chegam a conclusão que não precisam de mais ninguém nesta vida, os inúmeros seres do “eu me basto”. Estes acreditam que podem sentir, podem existir, podem ser donos da sua própria existência sem que “pessoa” alguma a eles cause emoção , apenas o “eu” é importante.

O criador nos ensinou na prática o caminho das pedras nos mostrando que a vida é de dentro para fora, precisamos externar o que somos e o que sentimos. Interagir com o próximo para ambos atenderem as suas necessidades.

A empatia é uma palavra linda e na prática reflete o quanto nós seres humanos somos semelhantes. Fica fácil para tomada de decisões pratica-la . Somos o espelho de toda uma existência.Experimentamos as mesmas sensações seja de qual for nossa etnia e nossas escolhas na vida.

Ninguém aqui na terra “se basta”, ninguém é onipotente, onipresente ou criador de todas as coisas. O “amai-vos uns aos outros” não é uma proposta divina de bacanal “WEB” onde deveremos viver o nosso dia a dia um tentando foder o outro ...

Eu existo num contexto onde bilhões de vidas tem as mesmas necessidades que as minhas e é fato , o que cada um faz , fez, ou fará nesta existência , terá reflexos positivos ou negativos para quem estar por vir , nas lembranças de quem ainda ficou por aqui, e na qualidade das sementes que por aqui deixamos e levamos salvos em nosso DNA eterno.

Portanto neste lindo dia de domingo ensolarado chego a conclusão de que Interagir com “vidas” é o grande desafio “humano”...

Maurício Rodrigues 12 Julho de 2015

Nrmauric
Enviado por Nrmauric em 12/07/2015
Reeditado em 23/11/2015
Código do texto: T5308192
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