Deixe ir...

Deixe ir...

Respire fundo, feche os olhos, ore a Deus, conhecedor de todas as necessidades e desejos. Pai benevolente e misericordioso.

A vida está repleta de dúvidas, incertezas, o ser humano não é e nunca será confiável. Muitas vezes capaz de trair a si, seus sonhos, suas convicções, até mesmo sua moralidade.

O irônico é que muitas vezes em meio a vaidade se furta a felicidade, chances, oportunidades. Capricho não é o melhor conselheiro. Insistir em algo que já teve seu fim decretado, as vezes é ferir-se, martirizar-se, enganar-se. O quê no primeiro momento parece uma perda, é apenas a finalização de um capítulo dentre vários que estão por vir. Desencontros que nos levarão a novos encontros. Deixar ir nem sempre é perder.

Desejamos amor, sentimento superestimado, desafiador, inebriante, de impossível definição. Passamos a vida sonhando em encontrar esse sentimento que nos provoque suspiros, nos tire a gravidade, e por estarmos cercado desse mundo moderno, vaidoso, complexo que aproxima pessoas e distância seus relacionamentos. Alguns poderiam ser atingidos por ele, o amor, como se fosse uma bigorna que seriam incapazes de reconhecer. Sempre digo que os contos de fadas, as histórias românticas terminam com os casais entrando na igreja, ou iniciando uma relação. Não me recordo de muitas estórias falando sobre o dia-a-dia, sobre SER flexível, sobre ceder, recuar e que esse exercício é diário e principalmente difícil.

Meio contraditório? Não, não vejo o final de um capítulo como o fim desse sentimento. E, principalmente, o amor verdadeiro é como um atleta (lembrei da minha irmã); treino diário, disciplina, conhecedor de seus limites e disposto a superá-los. Quando se ama, apenas se ama. Simples assim...

Então... Deixe ir... tire esse peso dos ombros, avalie-se humildemente para que possa reconhecer erros, defeitos, limpando-se de culpa, de capricho, da vaidade fútil e vil. Enchendo o coração de amor e perdão a si e ao outro assim como enchemos nosso pulmão de oxigênio. Reconhecendo, também, a dedicação diária em prol do outro, e que as vezes não é que não sejamos amados, as vezes o outro não sabe amar, as vezes o outro ama mas não do jeito que merecemos.

Deixe ir afinal... "Ninguém é de ninguém"...

Hayat
Enviado por Hayat em 02/08/2015
Reeditado em 20/07/2016
Código do texto: T5332607
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