O Hibrido

Procuro quem sou nas memorias que perdi, em traços e traçados nos espelhos e nos retratos.

O senhor de tal poder, com certeza não teve piedade de mim.

Não consigo ter só bondade, pois em mim também há maldade.

De corpo cálido trago a vermelhidão de um perpétuo estado de hipertermia, minhas grossas escamas formam a trincheira que protege a minha alma, meu único chifre e minha cauda assombrariam qualquer mortal na escuridão.

Mas meu rosto de fedelho acobertam o breu do meu ser e minha asa solitária de lindas e extensas penas brancas como a neve julgam me um ser hibrido em um corpo mortal, na casca fraca denominada humana.

Dan Mágno
Enviado por Dan Mágno em 03/08/2015
Código do texto: T5333270
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