A velha questão: a felicidade

Nesses últimos dias me importei tanto com coisas efêmeras, sem importância, me senti materialista, falsa, sem identidade, o que é felicidade então? Digamos, que tenho tudo para estar feliz, objetos que queria, ganhei, comprei. E agora? Estou aqui escrevendo no meu caderninho, que geralmente escrevo quando estou reflexiva e triste, claro, possui algumas exceções. Já escrevi sentindo a mais autêntica possível, transbordando algo, que não sei descrever também se é felicidade ou alegria, mas algo que me fez acreditar em mim mesma. E eu achando que a felicidade virá quando tiver aquilo, ou aquilo outro. Nem necessariamente algo material, mas quando passar naquela prova, quando conseguir melhores notas na faculdade, quando interagir com todos da minha sala de aula, quando meus colegas e amigos me acharem a pessoa mais maravilhosa do mundo, quando todos me amarem. É até automático pensar assim, sempre querer algo a mais, nunca estar verdadeiramente feliz. Cheguei a uma conclusão: não existe felicidade plena. Talvez esse é o sentido da vida, buscar e buscar e buscar mais, mas nunca chegar ao destino, nunca estagnar. Acho que apenas estagnamos quando morremos mesmo, e ainda tem toda a história de vida após a morte, que até hoje não consigo chegar a uma conclusão sobre isso. A felicidade deve estar em buscá-la, é, deve ser isso mesmo, pelo menos eu espero. Sempre digo que é preciso momentos tristes, para reconhecer momentos felizes. Esses momentos são momentos tão bobos, que você nunca dá nada por eles, e de repente, aí está: várias gargalhadas, sorrisos, ou apenas um sorriso que não sai do rosto.