"Não sei pra onde vou, sei que não vou por aí"


 
       
 
        Sem autonomia para sair de casa, ainda que eu a tivesse não sairia às ruas, amanhã. Embora admita a legitimidade dos protestos, em razão da gravidade dos problemas de corrupção e dos mais todos problemas sérios na política, na economia, na educação, na saúde, na segurança, no judiciário (...) eu, que sempre me considerei cidadã consciente e sempre votei nas esquerdas (Salvo nas três últimas eleições quando, admito, anulei meus votos para alguns dos cargos majoritários), vejo-me em tão funda perplexidade que ainda não sei, ainda não tenho nem um pouco claro em mim qual seja o melhor caminho. Tenho sérias dúvidas sobre a instauração de processo de impeachment como a melhor saída para o país. Só uma única palavra posso dizer, com a mais segura das convicções: NÃO a caminhos de força, por via não institucional,aliás, por nenhuma via. Como diz o grande poeta português José Régio (repito-lhe agora os versos, famosos, para meu próprio uso): "Não sei para onde vou (...) Sei que não vou por aí".
Boa noite, amigos.