Pensando sobre política

Mais uma vez está chegando a hora de nos posicionarmos em direção a uma proposta que nos aproxime a um nome que venha a atender nossos anseios enquanto cidadãos.

Algumas dúvidas giram em torno desse processo que aparentemente não traz mudanças significativas, porém são expostas antecipadamente por seus defensores e curiosamente não são cumpridas em sua totalidade.

O segredo do sucesso talvez seja apostar na fraqueza do povo e de forma estratégica manipular as regras do jogo para se chegar ao "xeque-mate"(o rei está morto), que na verdade é o contrário, "o povo está morto".

Mesmo assim toda desconfiança se dissolve quando alguns acenos de mão e gestos de positividade que expressam a vontade de poder disfarçada na face de uma sociedade mais justa, igualitária, regida pela meritocracia, onde o cidadão é o produto a ser disputado, mesmo que de forma momentânea. O que não é diferente de outros processos rotulados como "democráticos" tão presentes que ainda descansamos a suas sombras esperando transmutação.

E aquela mesma metamorfose que Heráclito de Éfeso defendia de que "tudo está em constante mudança" é a mesma que nós esperamos que de fato aconteça. E assim precisamos antes de qualquer coisa mudar a nós mesmos ao invés de esperar que ela (mudança) aconteça por si só.