entrando em um relacionamento...

De início é importante saber que a ideia de liberdade não existe. Nenhum ser humano é livre de nada e, quando acredita nisso, é porque já está totalmente corrompido pelo sistema. Todavia, quando temos a opção de escolha, de certa maneira, estamos "livres" para fazê-la e, acrescido a este fato, nos deparamos com aquilo que os filósofos exisencialistas, mais precisamente Sartre, chamam de angústia de liberdade. A angústia de liberdade nada mais é que o enfrentamento de alguma escolha que tivemos que fazer ou que estamos em via de fazer e, possivelmente, esta escolha irá fazer com que renunciemos às demais.

Logo, quando escolhemos ter uma relação seria com uma pessoa, matamos, simbolicamente, a possibilidade de nos relacionarmos afetivamente com outras, portanto, ficamos, também simbolicamente, sob a posse do outro. Posse aqui no sentido de se ter uma pessoa de acordo com parâmetros pré estabelecidos pelo casal.

Cabe aqui complementar sobre o sentir-se "sufocado". A pessoa que quer, por livre e espontânea vontade, "ter" alguém, deve entender que a partir do momento que tem essa escolha, ela irá, inevitavelmente, deixar de lado a "liberdade" que tinha até então e isso, pode, naturalmente, ser confundido com o fato de sentir-se "sufocado".

Na verdade a pessoa escolheu se relacionar com alguém então não deve haver ressentimentos uma vez que ela quis entrar na relação a dois.

Todavia, as pessoas que ainda não tiveram muitas experiências devido à pouca idade ou por outras razões, não entendem de fato o que significa comprometer-se com alguém, que é algo além de namoricos, sexo e troca de afeto. Há sim a cobrança e os meios que vão sendo necessários para que enfim haja o equilíbrio entre o casal.

Renan Sposito
Enviado por Renan Sposito em 04/09/2015
Reeditado em 10/04/2016
Código do texto: T5370768
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