PORTO SOLIDÃO
E naquele quarto sob aquela cama, você com tua mão quente em meu corpo a percorrer... Fecho os olhos e sinto o arrepio da minha pele na ânsia do desejo de te ter, me embriago com teu cheiro, enlouqueço com teus beijos... Envolvo-me em teus afagos e abraços apertados, na esperança que o dia demore a nascer, pois sei que ao nascer do sol, terás que ir... E mais uma vez ao despertar sei que em seus braços não vou mais estar. Sinto-me então no vazio da escuridão como um barco a deriva em meio ao porto solidão.