Vencendo barreiras

Passeio no ar

Sem a mão

Que contribuiu

Ao prazer sadio

Ferver na emoção

E erguer no ventre

Minhas sementes.

Diluiu-se em pó

Tudo que consagrou,

Ao abandonar-me

Nesse deserto de amarguras.

Questiono a dor

Com a solidão,

E saliento aquele amor

Que em mim

Não existe

Nem mais um grão.

Confundo a escassez

Com a aflição,

A timidez

Com a depressão.

No entanto do nada

Faz-me salivar

Uma boca doce

Do Nordeste,

Tentando me fazer

Esquecer a tristeza,

Seduzindo meu ego

A virar atrativo

Para o silencio

Adormecido pelo tempo,

E freqüentado pela desistência

Que em mim

Só existe agora

A vitória e a persistência.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 23/06/2007
Código do texto: T537753
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