Vencendo barreiras
Passeio no ar
Sem a mão
Que contribuiu
Ao prazer sadio
Ferver na emoção
E erguer no ventre
Minhas sementes.
Diluiu-se em pó
Tudo que consagrou,
Ao abandonar-me
Nesse deserto de amarguras.
Questiono a dor
Com a solidão,
E saliento aquele amor
Que em mim
Não existe
Nem mais um grão.
Confundo a escassez
Com a aflição,
A timidez
Com a depressão.
No entanto do nada
Faz-me salivar
Uma boca doce
Do Nordeste,
Tentando me fazer
Esquecer a tristeza,
Seduzindo meu ego
A virar atrativo
Para o silencio
Adormecido pelo tempo,
E freqüentado pela desistência
Que em mim
Só existe agora
A vitória e a persistência.