Cultivo

Dizia Renato Russo:

"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre? Sem saber que o pra sempre sempre acaba...".

Acredito que nada é para sempre. Nem o sofrimento, nem a alegria, nem a dor, nem o estresse, nem a visão que temos sobre nós mesmos e sobre a vida. Nada dura pra sempre. Quando ouvimos isso, logo remetemos a relacionamentos, mas o que move os relacionamentos são os sentimentos, e sentimentos só duram se cultivarmos. O amor pode ser pra sempre, se escolhermos cultivá-lo, afinal, amar é uma decisão. Eu decidi amar você, amanhã posso decidir não amar mais, se isso já não nos faz bem. Da mesma forma, posso decidir parar de fumar porque aquilo, por mais que me dê prazer, não me faz bem. Posso também parar de comer chocolate, por mais que ele adoce minha boca, o exagero pode acabar com meu corpo. Afinal, tudo em exagero faz mal. Mas a semente do amor é a única imortal.

Posso escolher cultivar sentimentos bons dentro de mim, escolher ver a vida que escolhi da melhor forma, ou até mudar o rumo dela, sem pensar nas consequências, sem pensar no que os outros podem pensar sobre mim, mas pensarei no que eu serei pra mim mesma e na paz que sentirei.

Em toda perda, há ganhos. Nada é tirado de nossa vida, se não iremos ganhar algo mais na frente. O que nos impede de vivermos satisfeitos com o que temos e somos, são nossas próprias escolhas. Por isso, todos os dias, Deus nos dá a oportunidade de cultivar o novo, mas insistimos em regar o velho. A vida é uma constante mudança.

Cada experiência que vivemos e cada escolha que fazemos são tijolos que constroem nosso caminho.