O PENSADOR

Porque caminhas em direçao oposta ao vento em plena madrugada, numa rua estreita e deserta da Cidade?

Teus cabelos voam com o vento, dando uma imagem bela da noite mal iluminada pela luz fraca do poste desbotado.

A chuva fina molha seu rosto, fazendo correr gotas pelo teu corpo.

Um bêbado sentado ao meio fio da rua, se lamenta numa triste canção.

O silêncio mais adiante se confunde ao som de teus passos na poça d'água que alaga a calçada.

O apito longínquo do guarda avisando que a madrugada está fria e envolta na solidão.

Os pensamentos se voltam, dando um parecer da vida que levaste.

Um gato manhoso lhe roça a perna, grunhindo um miado de tristeza.

Senta-se na calçada e começa a chorar.

Volta pra casa, e,

num canto da sala,

começa a cantar, em voz baixa até o sono te envolver em seu manto de fantasias e de sonhos.

E então o amanha será um novo dia.

- Esse poema saiu de um dia dos mais tristes da minha vida.

Eu voltava da casa de um "amigo" em que eu confiava, e fui desprezado.

Entao voltando a pé pra casa, isso ai tudo aconteceu realmente.

Magrao
Enviado por Magrao em 25/06/2007
Reeditado em 25/06/2007
Código do texto: T540212
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.