Habitando-me

O silêncio carrega minhas dores e o sentir é febre que habita-me.

A companhia do outro não solidifica porque nasci inabitável,

Inalcançável, indiferente. A arte do desencanto consumindo-me, só posso está presente por alguns instantes, ou momentos, depois silêncio e passado esquecido. Amigos descartáveis, amantes invisíveis, amores desajustáveis ao peito, tenho tudo menos a paciência dos relacionamentos longos. Habitando-me encontro labirinto, esquecimento, deserto, silêncio e abandono. Onde estão as velhas botas? Preciso como Thoreau habitar os bosques.