MELHOR PREVENIR...

Inicialmente, o Homo Primus estava associado à natureza, no seu sentido pleno, restrito somente às coisas tangíveis, e o seu cérebro, como o de todos os outros animais, se concentrava apenas nas informações que os seus cinco sentidos lhes transmitiam. Concluído esse estágio, onde o Homo Primus habitava no “Paraíso”, inacessível às investigações da Humanidade, explodiu a sua intelectualidade, conferindo-lhe a capacidade de ultrapassar essa fronteira da Natureza, mediante o surgimento das suas faculdades mentais, de raciocinar, conjecturar, analisar, construir idéias e experimentá-las, colocando-as na execução de ações concretas, possibilitando-lhe acumular conhecimentos através da racionalidade. Com isso, ele adquiriu também, o discernimento do bem e do mal, sendo imediatamente “expulso” do “Paraíso” da sua ignorância absoluta, quando assumiu a sua identidade histórica de “Adão”, que “acordou” do seu “sono profundo”. Nesta sua nova condição, “morreu” o Homo Primus e “nasceu” o Homo Habilis (o Ser Humano atual), que assumiu o comando absoluto entre todos os seres viventes do nosso Planeta, através da superioridade da inteligência e do conhecimento, que prevaleceram sobre a força bruta. Esse conjunto de novos atributos do Homo Habilis se localiza no seu intelecto ou na sua racionalidade, e esse estágio é o apogeu do Ser Humano racional.

Todo esse desenvolvimento se encontra contido na programação do “Macro Computador”, cujo “Programa” ou “Aplicativo” chamado “Geração Cósmica”, está instalado conforme (Eclesiastes 1;9 a 11 e 3;15) e que configura, nos mínimos detalhes, a sua “evolução”. Nesse “programa” está reservado, “trancado a sete chaves”, inacessível à racionalidade do Homo Habilis, o terceiro e último estágio, o de Homo Sapiens, no qual a penetração está condicionada ao fator que transcende a sua capacidade intelectiva: a concessão. É extremamente fácil compreender, que se a sabedoria estivesse presente, indiscriminadamente no Homo Habilis, a Humanidade não teria no seu rastro, uma história tão indigna e tão vergonhosa para todos nós. Aqueles que estiverem dispostos a procurar a sabedoria divina (Theosophia) devem estudar os livros correspondentes, constantes na Bíblia, principalmente nos Livros Eclesiástico, Sabedoria e Eclesiastes, sendo que alguns deles foram escondidos dos chamados protestantes ou evangélicos, por conta de tolos e inúteis confrontos entre os teólogos, privando-os de tão preciosos conhecimentos para seus estudos. Com efeito, os estudiosos não devem deter-se nas fábulas, genealogias e histórias bíblicas (I Timóteo 1;3,4) (Tito 1;13,14) (II Pedro 1;16) e nem mesmo no ministério da morte (II Coríntios 3;7,8,9). Convém observar (Hebreus 5;11 a 14 e 6;1 a 6), sendo necessário ultrapassar o sentido literal das palavras, para entrar na sua substância, subjacente às palavras, onde se encontra o “alimento sólido” para os adultos no espírito. Essa concessão, por exemplo, foi conferida ao Teósofo Jacob Boehme, (1575-1624), um simples sapateiro alemão, talvez para que se torne evidente aos incrédulos, o texto bíblico contido em I Coríntios 1;26 a 31, que reduz a nada os que se julgam sábios. Entretanto, cumpre observar, que essa procura pela Theosophia, deve ser orientada pela humildade, aliada a uma sincera vontade de obter tão valiosos conhecimentos, sem nenhuma pretensão vinculada às questões do mundo material. Trata-se do sincero desejo pelo crescimento espiritual, sem intenções secundárias que se traduzam em satisfações egoístas, nem mesmo a idéia de fazer trocas, sacrifícios, promessas, ou quaisquer coisas equivalentes a esses gêneros. Nós todos, não temos absolutamente nada para negociar ou oferecer a Deus, pois Ele não precisa de nada, tudo é d’Ele. A nossa parte está na nossa conduta, no nosso cotidiano, em todos os lugares em que nos encontremos, nos mínimos detalhes das nossas atitudes e dos nossos procedimentos, os quais se refletem nas nossas ações, diante de todas as nossas circunstâncias. Essa conduta deve ser espontânea, sem objetivos de trocas com ninguém, significando que o decálogo de Moisés saiu das pedras e entrou no nosso coração, e será praticado de forma voluntária, sem nenhuma necessidade de coerção, e sem a intenção de ganhar prêmios. A procura por esse crescimento espiritual não é uma opção sem sentido, pois da mesma forma que os pais zelosos pelos seus filhos, exigem que eles estudem, buscando os conhecimentos racionais para o seu crescimento cognitivo, o Pai celestial, também exige o nosso crescimento no conhecimento espiritual, porque nos quer de volta para o Reino de Luz (a Terra Prometida). (Atos 17;30 - Deus, porém, não levando em conta os tempos da ignorância, convida agora a todos os homens de todos os lugares a se arrependerem.

Os seres humanos não sabem e muitos nem acreditam, quando e como será concluída a nossa Geração Cósmica, tampouco acreditarão se alguém lhes indicar essa conclusão. Estamos ouvindo, há muito tempo, na nossa noção de tempo, que esse evento ocorrerá e que estamos no final dos tempos. É claro que a noção de tempo é diferente para Deus, pois para Ele o tempo nem sequer existe. Entretanto, para aqueles que crêem, a Bíblia fornece informações proféticas, que estão se tornando evidentes, diante da observação dos olhares mais atentos. Quando temos um compromisso marcado, o bom senso indica que devemos sair adiantados, para compensar possíveis contratempos, imprevisíveis, que, mesmo ocorrendo, poderão não impedir que se chegue no horário previsto. Não ocorrendo os contratempos, chega-se adiantado, cumprindo apenas, com um pouco de paciência, aguardar a hora combinada. Assim, sem cochilar e seguindo a orientação (Mateus 25;1a13) estaremos fazendo uso do bom senso, preparando antecipadamente o nosso “estoque de óleo”, (azeite) adotando a receita do ditado popular: “melhor prevenir do que remediar”.