CONFISSÃO COMPROMETEDORA NO DIA NACIONAL DO LIVRO



 
        Ainda bem que li muito, muitíssimo, desde que aprendi a ler até há alguns anos. Se eu dependesse, para ser qualquer coisa, do que venho lendo desde então (poeta, aprendiz de poeta, escritor, pode sê-lo, efetivamente, sem ler muito?) seria eu, hoje, uma quase coisa nenhuma, coisa que, afinal, não estou muito longe de ser.  Ainda bem que li muito, muitíssimo, na vida anterior a esta. Ainda bem. Hoje, concentração mínima, estímulos mínimos para as ações em geral... a começar pelo ato da leitura... Ainda bem que estou aposentada das salas de aula, há anos... Professor que não lê, valha-me Deus... é algo tão dramático quanto um escritor, quanto um poeta que não lê... Dramático, beirando o trágico... beirando o trágico, certamente... muito... muito certamente...