Genealogia
No início havia o nada.
O nada era cansado de não ser nada!
Bem que queria ser alguma coisa,
Mas mal queriam o fosse.
Comeram o nada...
Degustaram-no...
Ficou o tudo.
Sem nada, o tédio nasceu;
Enjoados vomitaram:
O tédio e o tudo.
Nada agora era a náusea,
De tanta raiva,
Que dela tinham os demais!
Tudo tinha tédio
E tédio tinha tudo.
Tendo tédio tudo e vice-versa,
Nada revigorou-se;
Nada engoliu tudo.
Casou-se com o tédio...
Nascemos nós ...Que fizemos nossa aquarela...
Pintamos a guerra!
De uma folha em branco,
Que o apocalipse rasgou:
Para recomeçar tudo,
De teimoso...