E lá estou eu pensando com meus botões, de novo. = )

Insistimos muitas vezes a vivenciar a fantasia, como se ela fosse uma tábua de salvação quando estamos nos afogando em melancolia, tédio ou depressão. Tudo parece obscuro demais, previsível, e diria aceitável neste século de explosões. O pavio curto, a intolerância, a competição, a falta de confiança.

Onde se encontram: a amizade verdadeira, o amor fiel, a inocência infanto-juvenil? Parecem ter sido esquecidas de serem ensinadas a esta geração. Por que a bondade foi substituída pela maledicência? A gentileza por arrogância? O valor do caráter, pelo valor do status social? Casamentos são cada vez menos românticos ou realização de sonhos. A família já não é um ninho de amor, hoje mais parece uma arena de combate. Onde sentimentos são esfacelados, corações depredados e valores totalmente esquecidos. A herança de gerações perdendo-se pra modismos e caretices que logo findam. E o que resta? Simplesmente recomeçar do zero. O Japão, o Oriente Médio, os Estados Unidos, e até o Brasil tem tido que recomeçar. Mudar quase sempre é recomeçar de onde errou. Porém mudar implica num custo muito grande, e decidimos deixar á cargo de gerações futuras. Num jogo desonesto para com os que virão. A injustiça já começa por aí mesmo, não? Até preconizamos que o planeta irá secar em 2050, está perto a coisa, então! E assim nada mais nos resta, afinal de contas o nosso destino (da humanidade), já está traçado e fim.

Ainda bem que nada é permanente, nem mesmo o pessimismo dos seres humanos. Há de chegar uma hora que, ou acordam desta fantasia, ou recomeçam lá do zero: a arte de viver.