Às cegas

A vida é simplesmente ida e, a partida, é sempre dolorida, não é? O fato é que somos a soma das nossas escolhas e o resultado do que fazemos. Não somos somente aquilo que desejamos, nem o rótulo que nos despejam. Somos anseios, receios, momentos, intentos; sentimentos que nos acalentam e o melhor que podemos ser de nós mesmos. Somos produto do mundo, e dele somos agentes.

Recomeçar, às vezes, é preciso e, em outras tantas são tantos recomeços que nos exige força tamanha, despindo-nos por inteiro. E, assim, levam nossos sonhos e planos para o futuro, nossa vitalidade que temos do presente, a esperança de que um dia tudo possa ser diferente, desfalecendo à esmo. Esgota nossa alma, nos acomodando no “agora”, nos petrificando de forma a acolher a cegueira, tornando-nos incapazes de perceber que é chegada a hora de mudar, fazer novas escolhas, reconhecer nossas necessidades, lutar contra o comodismo, contra nós mesmos, deixar o orgulho de lado, ultrapassar nossas barreiras e, principalmente escrever uma nova história.

Escolher é, impreterivelmente, sacrificar algo e, portanto, é deixar passar certos momentos ou oportunidades e, isso acontece o tempo todo, até quando prefere não escolher, sendo esta também uma escolha. É, no entanto, enlutar-se por um tipo de perda distinto do convencional, que está submerso ao “E... Se...?”. Mas quem ousará iniciar uma aventura turbulenta, desvendando cada camada de seu interior? Quem ousará entrar em contato consigo mesmo, na mais pura realidade, nua e crua? Porque entrar em contato conosco mesmo é imensamente assustador e, então, optamos pelo comodismo, o auto-boicote, culpar o sistema, a política e a economia, e outras pessoas, ao invés de identificar o verdadeiro papel que ocupamos no mundo. Optamos em dar desculpas! Porque é fácil apontar as falhas daqueles que não somos nós, concorda? Mas é importante olhar para si, recomeçar todos os dias, viver intensamente cada ciclo que a vida lhes proporciona. O fracasso não é de todo ruim, é um despreparo direcionado ao processo, sendo temporário e, com isso, devemos ter em mente aspectos como planejamento, ação, revisão e reajuste. Podemos tentar as mesmas coisas de maneiras diferentes, fracassando tantas vezes que forem necessárias para alcançar de forma gloriosa os objetivos almejados.

O que carrega em seus ombros é seu e é SÓ SEU! E eu escolho recomeçar, viver, amar, sonhar, buscar, flutuar, saborear... Por mais escolhas nossas, por mais autenticidade. Então, arrisque-se! Tenha resultados diferentes fazendo coisas diferentes! Saia do comodismo. Seja ativo e protagonista da sua história. Seja Feliz!

Lilian Pagliuca
Enviado por Lilian Pagliuca em 12/01/2016
Código do texto: T5508338
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