Se eu tivesse caído fora aos 20...



        Se eu tivesse caído fora de casa aos 20 teria, por escolha de honra e... amor, voltado aos 50. Teria voltado construída ou melhor, reconstruída por mim mesma.
        Não caí fora aos 20, nem aos 30, nem aos 40. Fiquei, fui ficando, por acomodação, por covardia (...). Aí, ficou tudo tarde demais para partir do que quer que seja. Ainda que eu abdicasse da honra e do dever (coisa que meu caráter jamais me permitiria fazer), meu corpo já não mais me permite nem mais me permitiria partir.
        Conclusão: Urge fazer-se o necessário para si mesmo no momento certo de fazê-lo. Se se perde esse tempo, resta pedir aceitação e resignação ao Deus ou, a quem não tenha essa Fé, a um estoicismo quase sobrehumano, para se poder continuar... Para se poder continuar... Até o fim... Até o fim...








Nota 1. Não aguento mais - perdoem - quando as pessoas vêm me falar em Karma ou algo equivalente. Talvez ninguém se lembre mais da figura do 'bode expiatório' que no Velho Testamento aparece sob a figura de animais (o 'bode' expiatório) mas, que segue pela História do mundo... e também das famílias - por que não?
Nota 2. Acrescentei de casa, fora de casa, porque não falei em cair fora da vida... Isso não, isso nunca, nem antes, nem agora, nem nunca. Admito que a falta desse 'de casa' deve ter tornado o texto  menos claro. Desculpem.



                                Feliz dia, amigos.