Dengue, Zika Vírus e Chikungunya

Mais uma vez estamos sendo assolados pelo interesse político daqueles que "nos representam". Nas últimas semanas, tanto no noticiário nacional quanto no internacional, a preocupação com o combate ao aedes aegypti tomou proporções gigantescas. Não que isso seja ruim, mas isso só se deu pelo fato do Brasil ser o país sede das Olimpíadas de 2016. Para quem vive no país, como eu e milhões e milhões de brasileiros, o sentimento de revolta pode, por vezes, passar por nossa cabeça. NUNCA houve nada parecido com esse mutirão para combater o aedes aegypti no país, e olha que ele convive com a gente há muitos anos. Tudo bem que hoje ele passou a ser ainda mais perigoso do que antes, mas a pergunta que me faço todos os dias é a seguinte: Se os jogos olímpicos não fossem realizados no país este ano, a preocupação seria a mesma? Os nossos políticos estariam tão engajados na busca da solução para esse problema? Bom, por tudo que acompanho todos os dias, diria com 99% de certeza que não. No mundo ideal, o combate deveria ser divulgado e realizado todos os dias, com a participação do governo e da sociedade, independente de jogos olímpicos. Ora, somos menos importantes que os estrangeiros que aqui virão? Nossa vida e nossa saúde valem menos que a deles? Creio que não. O legado da copa do mundo são os estádios, na sua maioria abandonados, verdadeiros elefantes brancos. Espero que o legado das Olimpíadas não seja um país doente e cansado de ser maltratado.