Não precisa rimar

Bem, hoje pela noite me encontro a pensar, que pra passar sentimentos como sempre quis não é necessário me limitar a míseros versos repetidos de uma poesia que já deixou de ser admirada. Quem me acompanha já deve estar acostumados a me ver falar do amor, ou da dor. Vendo grandes escritores, poetas, doutores, percebi então que sempre me equivoquei ao definir esses dois sentimentos como opostos, eu diria que errei ao dizer que são sentimentos distintos, cheguei a conclusão que Amor e Dor são duas coisas que se completam, como arroz e feijão, como queijo e goiabada, como milho e ervilha, nessa vida de aspirante à escritor aprendi que Amar e Sofrer é a combinação mais perfeita que uma folha de versos antigos ou mesmo a tela de um computador já viu. O Amor por si só, quando causa uma dependência tremenda de um cheiro, um sorriso, um abraço, já se torna uma doença, com o mesmo grau de destruição de uma doença terminal que leva um paciente a óbito em poucas semanas, é um choque na alma, afinal não é qualquer cara que já teve seu coração partido um dia que aceitará facilmente escancarar as portas de seu coração nada racional para uma pessoal não só enchê-lo, mas transborda-lo de qualquer feto se sentimento que no momento da paixão não se sabe ao certo no que vai se transformar. Pelo outro lado a Dor, ao fazer jorrar lágrimas de um olho que está acostumado a apenas brilhar de encanto , se torna o elemento perfeito para pessoas sem graça virarem algo que possam transmitir algum tipo de emoção, de cor, para outras pessoas sem sentido de um mundo opaco que se construiu desde o tempo em que o grande animal soberano, rei de toda a cadeia alimentar, resolveu se envergonhar em amar o próximo e se exaltar em odiá-lo. O fato é que eu não sei até onde podemos ter esperança no mundo, o advento da tecnologia, encurtando distâncias longas, afastando distâncias próximas, não sei mais onde estão os cavalheiros que eu sonhei um dia em me tornar, não sei onde estão os bom dias, os estou com saudade, os te amos que soube que existiam nas cartas da década de 40, não sei porque os idosos não me revelam o segredo da felicidade que diziam existir nos “antigamente” das conversas casuais em tardes de tédio, pra falar a verdade bem que não seria má ideia se criar cargos como Ministro do Amor, Ministro das Boas Maneiras, seria fantástico colocarmos as avós que sorriem toda manhã sem motivo, em um palanque, nas maiores emissoras, em todos os países, ensinando apenas a receita pra viver, pra não apenas existir. Bom, essa é minha primeira construção em prosa, creio que estou sendo muito ousado e deixando-a grande demais, não quero causar tédio a quem está lendo isso para sair dele, me despeço por aqui. Até a próxima inspiração.