Instinto animal

De todas as novas 'máximas', ou novos clichês, como queiram denominar, o que adotei pra mim nesse momento é o de que não guardo rancor, guardo nomes. Posso dizer que minha lista é imensa, embora minha capacidade de ser ruim ainda esteja abaixo da grande maioria dos que costumam fazer algo de negativo. Desde criança, sempre tentei fazer o melhor, tenho provas vivas disso. Continuei tentando, claro. Não apenas fazer, mas transmitir também. Porém, o nível de bondade vai diminuindo à medida que trombamos com pessoas que vêm para nos fazer o mal, ou tentar, whatever. Comigo algumas conseguiram, mesmo que momentaneamente. E sem saber que sou muito mais forte do que elas podem imaginar. Sou aquele tipo que se tiver que chorar, vai se trancar em seu quarto, ou dentro de si mesmo, colocar os fones de ouvido, as músicas mais deprês do celular e derramar o mundo se sentir que deve. Porém, após esse momento, por que todos passam, embora poucos admitam, renasço, me reinvento, me refaço. Caminho como se nada tivesse acontecido. Recomeçando, mesmo que pela milésima vez. Um fato sobre mim que muitos já conhecem é o de que não vejo problema algum em recomeçar. Do zero, de preferência. Mas voltando à máxima do início. Tem pessoas que surgem em nossas vidas para nos ensinar a não ser como elas. Mas às vezes, para nos defender, ou contra-atacar, precisamos ser piores do que elas. Não que isso vá nos levar a algum lugar. Mas a impressão que tenho, visto algumas pessoas com as quais cruzei, é que esse tipo é o que aparentemente se dá bem, tem o que quer, na hora que quer, fazendo o que bem entende. Não que eu queira me igualar a nenhuma dessas pessoas. Tenho uma essência que jamais permitirei que ninguém modifique. Tenho sonhos que ainda quero ver realizados independente de quem surja em minha vida. Tenho planos somente meus, dos quais não abdicarei, não mais, por terceiros que tentem influenciar. Gostaria de não estar escrevendo sobre isso, mas descobri com o passar do tempo, que às vezes, mesmo que de leve, devemos sim assumir uma postura 'filha-da-puta' (perdoem o palavreado). Mal-caratismo? Posso estar enganado, mas na maioria das vezes não passará de instinto de sobrevivência.

TJ Torres
Enviado por TJ Torres em 14/02/2016
Código do texto: T5542967
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