O despertar da consciência

Numa leitura pouco habitual sobre um texto que versava sobre a humildade, deparei-me com a seguinte frase: “O capim morre; outro nasce.”

Ter consciência de nossa insignificância “lato sensu” causa certa perturbação, mas não deixa de trazer certo alívio, pois nos liberta das amarras da “perfeição”.

Quando você se dá conta de que o resto do mundo continuará existindo diante da sua inexistência, então você deixa de se preocupar tanto com o que os outros vão pensar. O foco passa a ser: que ser humano eu pretendo ser nesse curto lapso temporal?

Será que vale a pena insistir Em determinados erros crendo que somos únicos e insubstituíveis? Até que ponto devemos lutar baseado tão somente no pressuposto de que sem nós nada caminhará?

Sinto dizer , mas eu e você somos substituíveis.

Outros amigos virão, outros amores também.

Outros advogados serão contratados e se eu não fizer um favor, em determinado momento, sempre haverá quem o faça.

Eu passei, passo e passarei. E você também. Estamos juntos numa viagem tortuosa onde a única certeza é de que um dia a tênue linha se rompe e retornaremos ao início, insignificantes como somos, porém com a capacidade de mudarmos o mundo que habita dentro de nós. Podemos viajar por outros mundos, mas somente mudamos aquele que nos pertence: nosso próprio eu.