Se chegar o dia em que o sofrimento das pessoas (principalmente se for sofrimento gerado por minha existência e presença) me for indiferente, é porque já morri mesmo, de verdade, e nem me dei conta.
         Quanto a julgamentos cabe-me, via-de- regra, julgar-me apenas a mim que, afinal, mesmo quando há servidão, não  me é possível esquecer de que toda "servidão é voluntária" e o é, mesmo. Isto não significa que eu aceite com isenção e como válidas todas as ações de todas as pessoas. Apenas, como disse, via-de-regra não me outorgo o direito de julgá-las. Via-de-regra. Toda regra tem suas exceções. Eu bem o sei, bem o sei, em razão de ações ou melhor, de omissões violentas de seres ancestrais  da minha vida imediatamente real. Com relação a esses seres fica-me muito difícil senão impossível deixar de usar meu também direito a julgamentos e a... condenações.
        Se nos fosse sempre possível a  plena coerência... Não nos é... para nossa miséria.